Receber o diagnóstico de um câncer não é nada fácil, diante da situação o medo do futuro e as incertezas são instantâneas e desafiadoras, e o acesso ao tratamento e diagnóstico precoce são fundamentais. O número de casos de câncer em mulheres no Brasil é alto, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, a estimativa era de 66.280 novos casos de câncer de mama no país. Além disso, estima-se que até 2025 sejam diagnosticados 704 mil novos casos de câncer no Brasil por ano, e dentre esses números, o câncer de mama fica em segundo lugar entre os de maior incidência. Ainda que o câncer de mama seja o mais relacionado às mulheres, o câncer de colo de útero possui um significativo número de casos, a estimativa é de 17.000 novos casos por ano até 2025, no Brasil (INCA, 2023).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diante disso, a realização de exames periódicos no ginecologista é de suma importância para detectar possíveis alterações e obter diagnóstico precoce. Um dos exames realizados é o chamado preventivo, através dele é possível observar o canal vaginal e o colo do útero, além disso, com um material chamado de espéculo, coleta-se o material da região do óstio cervical e ao redor do colo uterino, para análise em laboratório. (Instituto da Saúde da Mulher, 2020). Esse exame serve para detectar se há alguma lesão no colo do útero ou no canal vaginal, a presença do vírus do HPV e de outras infecções como clamídia, gonorréia, sífilis, tricomoníase e gardnerella. 

 

Se toque! O autoexame é importantíssimo na prevenção do câncer de mama, nele é possível observar se há alguma alteração na aparência dos seios, como nódulos, saída de secreções, retrações e mudanças na cor. É indicado que todas as mulheres, a partir dos 21 anos, façam o autoexame todo mês. Mas, é importante saber que durante o período menstrual ocorrem diversas mudanças no corpo, e principalmente, na região dos seios, o indicado é realizar o autoexame após 7 dias do início da menstruação. Ao sinal de qualquer alteração, procure um médico o quanto antes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após o diagnóstico e todo o impacto emocional carregado por ele, o acesso a um tratamento digno é essencial para esse momento desafiador, que requer uma competente equipe profissional para lidar com todas as questões envolvidas, até mesmo psicológicas. Segundo informações do INCA, retiradas do site do Governo Federal, o acesso ao tratamento pelo SUS, ocorre nos centros oncológicos distribuídos em 317 unidades no país, que “deverão observar as exigências da Portaria SAES/MS Nº 1399, de 17 de  dezembro de 2019 para garantir a qualidade dos serviços de assistência oncológica e a segurança do paciente.” O encaminhamento dos pacientes para determinado Centro Oncológico é feito através das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

 

Além disso, o SUS financia todo o tratamento oncológico, como as cirurgias necessárias, radioterapias, quimioterapias e os transplantes. O tratamento psicológico durante o tratamento também é fundamental, diante de todos os sintomas emocionais envolvidos, tanto no processo de diagnóstico, como na rotina durante o tratamento.